Dois dias de compras e a primeira mudança no roteiro

Enfim, após 3  noites em Atlanta - GA, nossas férias começaram. Nosso destino era Asheville - NC, através da Blue Ridge Parkway, mas com uma parada no North Georgia Premium Outlets, em Dawsonville - GA.

Esse outlet fica cerca de 1:30h de Atlanta e foi nossa primeira overdose de compras. Passamos boa parte do dia por lá, tendo pegado a estrada já no final do dia com a intenção de escolher algum hotel em alguma cidade durante o trajeto em direção a Asheville.

Confesso que descobrir um hotel decente foi difícil. No primeiro que paramos, a diária era mais cara do que pagamos no hotel em Buckehead - Atlanta e era simplesmente um hotel de pernoite de caminhoneiros e peões. Até tentamos ir ver os quartos, mas o cheiro nos espantou e seguimos viagem.

Paramos em outro, tão ruim quanto ao primeiro que também desistimos. Acabamos nos hospedando em um hotel da rede Americas Best Value Inn em Clayton - GA que inicialmente parecia razoável, mas durante à noite percebemos que tinha um cheiro desagradável e o café da manhã era intragável e eu me recusei a ingerir quaisquer calorias com aquilo.

Naquela manhã, percebi que a minha alergia, que desde o início da viagem estava me causando algum desconforto, passou a ficar bem pior. Tenho algumas alergias, mas nunca havia tido problemas com a primavera. Descobri, nessa viagem, que sofro de "spring alergian".

Então, antes de seguirmos viagem, paramos em uma farmárcia, onde comprei um remédio que só parei de tomar após chegarmos em Orlando - FL.

Seguimos viagem, mas logo no início resolvemos desviar até Cherokee - NC, tendo chegado lá por volta de 11h e ido direto a uma loja Waffles para tomarmos o nosso café, já que não havíamos tomado no hotel. Em seguida passamos em Cherokee Welcome Center pegamos alguns folhetos e optamos em seguir adiante na Hxy 441 N. Aí no deparamos com uma placa indicando que a cidade que Gatlinburg - TN ficava a 35 milhas ( cerca de 56 Km).

Como já havíamos viajado para essa cidade no inverno de 2010/2011 e havíamos gostado muito, resolvemos seguir até lá, o que foi nossa primeira alteração de trajeto.

Hospedamo-nos no mesmo hotel que havíamos ficado na viagem anterior, que estava bem caidinho, mas como está em reforma e o café da manhã continua bom, se algum dia voltarmos lá, quem sabe nos hospedemos de novo lá.

A cidade estava lotada e como o dia estava chuvoso, optamos por mais um dia de compras. Depois do check in no hotel fomos direto à Tanger Outlet em Servierville -  TN, que fica há cerca 14Km de Gatlinburg.

O outlet estava tão lotado quanto à cidade. Depois descobrimos que eram as férias da primavera.

No final dia voltamos para hotel e decididos de no dia seguinte fazer alguma trilha pela Great Smoky Mountains.

Atlanta, mas sem conhecer as principais atrações

Depois de nos recuperar do susto na imigração, dirigimo-nos para o hotel, que representou duas escolhas:  primeiro, o bairro Buckhead e nos hospedar no Hotel Quality Suites Buckhead Village e segundo, não alugarmos um carro nos 3 primeiros dias, que estaríamos em Atlanta, e utilizarmos transporte público ou táxi.

Pesquisamos, previamente, o sistema de transporte e sabíamos que poderíamos utilizar o metrô para nos deslocarmos do aeroporto para o hotel, mas que a estação ficava um pouco distante do hotel.

No google maps indicava que havia a opção de caminhar a partir da estação Lindbergh Center ou tomar um ônibus. Avaliamos e achamos que valia a pena seguirmos a pé.

Que arrependimento! Caminhamos cerca de 20 minutes, arrastando as malas morro acima em ruas totalmente desertas. Cheguei morta de cansada no hotel.

Sorte que hotel era muito bom. Ficamos em uma suite master onde havia 2 suites e 1 sala com cozinha completas, mas a grande surpresa foi a recepcionista Patricia. Eu já havia lido diversos comentários sobre ela no Trip Advisor, que indicavam ela como a referência do hotel. Quando fomos fazer o check in e eu a reconheci, acreditem se quiser: ela me abraçou. Isso nunca havia acontecido comigo antes e olha que eu já encontrei com cada figura em minhas andanças.

Claro que essa recepção te deixa como uma sensação de bem recebido e que se manteu nas 3 noites que estivemos lá.

Ainda não posso dizer que fizemos turismo em Atlanta, pois à exceção do primeiro dia que, após dormirmos um pouco, resolvemos caminhar um pouco mais pelo bairro para procurar um local para almoçarmos e chegamos ao Lenox Square (um shopping enorme) e no último que fomos ao centro comercial para uma comprinhas na Target, nem ficamos na cidade, pois estávamos resolvendo nossos negócios em algumas cidades ao norte de Atlanta.

A propósito, depois descobrimos que o hotel oferecia um serviço de shutle que podia nos levar e buscar na estação de metrô e nos levou ao centro comercial que tinha a Target, mas, nesse caso, como esse serviço se encerrava às 19:45h e nós fomos à noite, não foi possível eles nos buscar (basta ligar para eles te buscar).

Então nossa ideia era pegar um táxi na volta. Para nossa surpresa, não havía nenhum ponto próximo a Target. Pior, era noite e as ruas desertas. Caminhamos um pouco e vimos um hotel em frente à Target, resolvemos ir até lá e pedir para  eles chamarem o táxi para nós. A recepcionista foi super simpática e nos chamou um, mas como ele demorou muito e um outro chegou trazendo outra passageira, resolvemos usá-lo.

É, nada como estar precisando. O taxista não quis usar o taximetro e ainda nos cobrou US$12,00 para um trecho de menos de 3 km. Taxista desonesto tem em qualquer lugar e um turista é uma vitima perfeita.

No quarto dia pela manhã, tomamos mais uma vez o metrô em direção o aeroporto, pois nossas férias começavam naquele momento. A proposito, o sistema de transporte público na cidade é ótimo. O metrô vazio, com espaço para malas, com a estação final no terminal doméstico, mas integrado a um serviço de shutle até o terminal internacional e por um trem para o setor de hotéis e aluguel de carros, sendo que as integrações são grátis.

Esses foram nossos dias em Atlanta. Nada de turismo, mas tendo a oportunidade de conhecer um pouco a região, em especial, o norte da cidade, mas com uma sensação de que a cidade não é das mais seguras, talvez por influencia das notícias e dos comentários de pessoas que vivem na região. Por sorte, tirando o episódio do taxista que apesar de conscientes de estarmos sendo lesionados, não reclamamos, nada nos aconteceu.

Problemas na imigração

Nossa viagem não começou muito bem, apesar de ter sido soluncionado, o problema nos gerou um stress, pois tivemos que dar explicações aos agentes da imigração.

Agora o problema e a solução estão claros e são simples, mas porque não pensamos nisso antes?

São duas origens: (1) Por eu e meu marido apenas morarmos juntos sempre viajamos sem nos identificar como família; (2) A maior parte do dinheiro estava comigo.

Tudo isso não seria problema se não tivéssemos passado na imigração em cabines diferentes (lines). Quando eu passei  não tive problemas, mas meu marido foi questionado e pela primeira vez queriam saber a quantia em dinheiro que ele estava carregando, inclusive, pediram para mostrar. Como ele só tinha cerca de US$200,00 na carteira isso foi questionado e ele explicou que o dinheiro estava comigo. E onde eu estava? Eu já havia passado.

Para imigração estávamos mentindo. Deixaram ele passar, mas depois ao pegarmos a bagagem e passarmos pelo último passo do processo de imigração (entrega do formulário de imigração ao agente), ele foi novamente interceptado. Inicialmente mandaram eu seguir (sem poder falar com meu marido), mas quando eu já estava do lado de fora, fui chamada a retornar. O agente que o havia atendido na imigração me interrogou, claro sem deixar que houvesse qualquer aproximação minha com o meu marido. Eu expliquei que o dinheiro estava comigo e que só havíamos passado separado porque pensávamos que era assim, já que não somos casados oficialmente. Tive que mostrar o dinheiro, provar que não tínhamos mais que US$10.000,00  e depois de ser advertida que mentir na imigração é crime, fui liberada, assim como meu marido.

Lição aprendida: eu e meu marido somos uma família para todos os efeitos.

Viagem 2014 (uma miscelânea danada)

A primeira grande viagem de 2014 está sendo uma grande miscelânea, apesar de estar restrita aos Estados Unidos, inclui litoral e montanha, lazer e negócios.

A ideia é viajarmos por Georgia, Carolina do Norte e Flórida, mas pela primeira vez nosso roteiro está em aberto, com a indicação de apenas alguns roteiros: Atlanta (nosso ponto de chegada e partida), passeio por Blue Ridge e visita a Key West.

Vamos ver no que isso vai dar.

Em direção a New York

Apesar de a distância entre Washington e New York ser de cerca de 400km, optamos por um caminho alternativo para passar em dois diferentes outlets em New Jersey, para aproveitar os preços e, principalmente, a isenção dos impostos.
No entanto, como não resistimos a algumas comprinhas e adoramos fazer paradas não planejadas, em White Marsh, um condado de Baltimore em Maryland, ao avistarmos da estrada a Target e a Bed&Bath&Beyond resolvemos parar, afinal comprar alguns itens para o apartamento novo está na nossa lista de compras.
Não compramos muitos itens, mas conseguimos pagar muito pouco por alguns que constavam da nossa lista.
A seguir, nossa meta era almoçar no Applebee's. Tivemos que rodar mais do que imaginávamos, pois não encontrávamos nenhuma indicação nas placas na beira da estrada. Por fim, resolvemos pesquisar no GPS e por coincidência ou não, encontramos um a menos de 5 km a frente.
Depois do almoço, já estávamos com a nossa programação mais do que comprometida e acabamos chegando ao Jackson Premium Outlets, em Jackson- NJ, após as 17h. Tivemos cerca de 3 horas para fazer nossas compras. Claro que não conseguimos ir a todas as lojas que gostaríamos, apesar de o outlet não ser muito grande (são 70 lojas) mas conseguimos ótimas promoções.
Quando saímos de lá, fomos procurar um hotel para dormir e, como o próximo outlet não era muito distante (cerca de 50 km) seguimos naquela direção e acabamos chegando a Neptuno, que fica a pouquíssimos quilometros do Jersey Shore Premium Outlet.
Não havia muitas opções de hotel lá e optamos pelo Days Inn que era o único com vagas, apesar de não ser um dos melhores da nossa viagem.
Na manhã seguinte, fomos direto para o outlet, que também foi uma boa opção para as compras.
Pegamos a estrada em direção a New York por volta das 16h. Claro que pegamos um pouco de congestionamento, mas nada demais.
Chegamos ao hotel, fizemos nosso check in, mas ficamos no quarto mesmo, pois precisávamos nos reorganizar depois de tantos dias indo de um lugar para outro.
O que faremos em New York estará restrito, nos próximos dias, aos efeitos da tempestade Nemo que tem gerado muitos alertas em todos os canais de notícia.